26 de maio de 2009

FIQUE BEGE: MÚSICA DE VITROLA!

Se você às vezes se cansa de ouvir apenas músicas prontas, com refrões que parecem rifles que vão direto para a memória de curto prazo, se ligue nesse FiqueBege. O fato é de que nos últimos dias tenho ouvido bastante três caras que fazem música para alma.

Músicas que não devem ser apenas ouvidas, mas serem degustadas...nice and slowly!

1) O primeiro deles é Otavio Ferraz, afinadíssimo e com uma voz leve, você literalmente vai flutuar pelas notas do jazz que vai ouvir. Recentemente, o cantor fez uma homenagem ao grande jazzista e trumpetista Chet Baker - para quem não conhece o conhece o trabalho de Chet, basta se lembrar da música My funny Valentine.
Uma das canções que mais me emociona e me traz um bem estar acima do normal, chama-se Vida de Cachorro, talvez porque ela consiga refletir exatamente o meu amor pela minha labradora Mel. A bossa do Lobo Bobo é deliciosamente divertida e é daquelas que devem ser ouvidas repetidamente num final da tarde a beira da Praia em Paraty. Ouça Otávio Ferraz aqui e se liberte da coleira do dia-a-dia.

2) A primeira vez que ouvi Thiago Pethit foi pelo Myspace do Otavio Ferraz e pensei: " Ele não só canta bem, como tem bom gosto para ouvir outros músicos (rs)". Poxa, que descoberta! Thiago tem voz doce e firme, suas músicas são dramáticas, coloridas, não sei se comparo a um realejo antigo ou a um barroco medieval. As canções são artesanalmente manufaturadas com instrumentos tocados de verdade - o que é um diferencial importante hoje em dia.

O último single lançado pelo músico, Fuga N.o1, tem clima circense e foi inspirado na trilha sonora que Nino Rota criou para as imagens do cineasta italiano Federico Fellini e nos arranjos que Rogério Duprat fez para os Mutantes.

Se minha vida tivesse trilha sonora, gostaria que ela fosse composta por esse cara! Ouça ele no myspace.

3) Depois de Thiago Petit, Yann Tiersen parece obvio. E é! Mas tem a genialidade de conseguir transformar sentimentos humanos em música, como ele bem fez em "Adeus Lenin" e "O fabuloso destino de Amelie Poulin". Além disso, ao vivo Yann Tiersen arrasa nos instrumentos exóticos como o teremin - o instrumento é único por não precisar de nenhum contato físico para produzir música e foi, de fato, o primeiro instrumento musical projetado para ser tocado sem precisar de contato, pois é executado movimentando-se as mãos no ar.
Duas versões de músicas raras do Yann Tiersen você pode baixar aqui:

Um comentário:

Paper Face disse...

Música para a alma?
Como assim?
PAPAPAPAPAPAPAPOKERFACE?
Ótimo, vou conhecer esses caras...